Um trabalhador indígena, sua esposa e os cinco filhos do casal foram resgatados em condições degradantes em uma fazenda de Montes Claros/MG, segundo informou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A família, oriunda do Mato Grosso, foi atraída com falsas promessas de emprego: receberiam casa adequada, cesta básica e salário mínimo. No entanto, a realidade encontrada pelos auditores fiscais foi de extrema vulnerabilidade.
O imóvel em que viviam estava em péssimo estado, com sujeira, paredes depredadas e sem acesso a água potável. O casal e as crianças dormiam no chão, em colchões sujos, e sobreviviam com apenas um pacote de arroz e trigo. Não havia assistência médica, as crianças não frequentavam a escola e a filha mais nova tinha até mesmo a carteira de vacinação desatualizada.
Diante do flagrante, a família foi imediatamente encaminhada para uma casa de acolhimento pelo município, garantindo abrigo e alimentação. O empregador foi notificado e deverá pagar todas as verbas trabalhistas devidas no prazo de 10 dias.
O caso acende um alerta sobre a persistência de práticas análogas à escravidão no país, realidade que atinge, principalmente, os trabalhadores mais vulneráveis.